Newswise — CHICAGO — Estudos mostram que o risco de câncer de mama pode ser reduzido pela metade com o uso de tamoxifeno e raloxifeno no transcorrer de cinco anos, e também de inibidores de aromatase. No entanto, mulheres com alto risco de desenvolver câncer de mama têm baixa aceitação da medicina preventiva. 

Um novo estudo da Mayo Clinic sugere que quando mulheres com alto risco são expostas à informação genética personalizada, elas se tornam mais propensas a usar medicações preventivas para reduzir suas chances de desenvolver câncer de mama. A pesquisa envolveu um novo teste sanguíneo desenvolvido pela Mayo Clinic para identificar mulheres com um alto risco genético de desenvolvimento de câncer de mama. 

"As implicações de mudanças práticas do nosso estudo é que ao avaliar a associação entre fatores de risco clínico e fatores selecionados de risco genético, nós podemos potencialmente fornecer uma nova maneira de personalizar o risco e guiar a decisão do paciente de aceitar medicações preventivas que vem mostrando redução de risco de desenvolvimento de câncer de mama," diz a Dra. Sandhya Pruthi, médica de medicina interna no campus Rochester da Mayo Clinic. 

Os resultados do estudo, que ainda não foi publicado, foram apresentado na reunião anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica em Chicago. A Dra. Pruthi e seus colegas estavam entre os vários membros da equipe da Mayo Clinic que apresentaram novos estudos na reunião, entre 31 de maio e 4 de junho. 

O foco primário do estudo era determinar se a adição de uma pontuação individualizada do risco de câncer de mama somada às ferramentas atuais de avaliação influenciariam as decisões dos pacientes de usar as medicações destinadas a prevenir o desenvolvimento da doença. 

A pontuação de risco é determinada pelo teste sanguíneo desenvolvido pela Mayo Clinic, que detecta polimorfismo de nucleotídeo único (SNP), ou o que a Dra. Pruthi descreve como "erros de ortografia", no DNA da paciente. "Embora individualmente esses fatores de risco SNP tenham pouco valor clínico, quando combinados com a pontuação de risco eles produzem um grande fator de risco para câncer de mama que pode ser usado para personalizar o risco da paciente," ela diz. 

A pontuação de risco aumentou a estimativa de risco de câncer de mama para 55,6% das participantes do estudo. Após o aconselhamento sobre o risco, a intenção das participantes de usar medicações preventivas mudou drasticamente, com 41,9% das que tiveram pontuações de risco mais altas inclinadas a usar a medicação. 

"Nosso estudo demonstrou que entre as mulheres de alto risco, a pontuação de risco poligênico mudou significativamente as estimativas de câncer de mama e a intenção da paciente de usar medicina preventiva," diz a Dra. Pruthi. 

"Nós estamos fazendo progressos significativos para prevenção do câncer de mama ao fazermos tratamentos personalizados para as pacientes baseados nos seus perfis genéricos únicos," ela diz. "Nossa esperança é que, munidas com essa informação específica, mulheres com alto risco de câncer de mama irão tomar decisões informadas melhores e irão aceitar a terapia preventiva." 

Um estudo mais aprofundado é necessário para avaliar o cumprimento das decisões das pacientes de avançar com a terapia endócrina preventiva. 

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